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Mostrando postagens de 2013

25 em 2013 - Livro 5: Sua resposta vale um bilhão

Eu sinto tanto só agora escrever sobre Sua resposta vale um bilhão que li em fevereiro! Principalmente porque vou deixar muita coisa bacana do livro de fora. Mas gostei tanto que, mesmo assim, vale a pena. Minha história com o livro é longa. Sou apaixonada pelo filme Quem quer ser um milionário - sobre o qual comentei efusivamente aqui , há 4 anos. Naquela época eu já tinha me interessado pelo livro, primeiro do autor - um diplomata indiano - mesmo correndo o risco de me decepcionar com o filme depois de lê-lo. Namorei o livro longamente até que encontrei na Estante Virtual  - um site que reúne sebos do Brasil inteiro - no comecinho do ano. Paguei R$ 4- sim, quatro reais! - por uma edição praticamente nova. Quanto à história, muita coisa é diferente do filme - e necessário, se pensarmos na impossibilidade de adaptar um livro inteiro pra 2h de película. Escrevendo isso, o que me vem à cabeça é que, na verdade, o filme é inspirado na idéia central, do menino pobre, cri

Vi: O ano em que meus pais saíram de férias

Nasci em 1975, vivi alguns anos sob o regime militar mas as únicas lembranças que tenho da época são do extremo nacionalismo nos desfiles de 7 de setembro - militares desfilando e tudo - e do disco do Geraldo Vandré que a minha mãe tinha, comprado meio na surdina, porque logo ele seria proibido por conta da letra de Pra não dizer que não falei das flores . O ano em que meus pais saíram de férias (2006), se passa em 1970 e mostra uma realidade que nós, da minha geração, pouco conhecemos e não sei se as gerações futuras poderão conhecer melhor. Mas deveríamos! Mauro tem 12 anos, mora com os pais em Belo Horizonte e é apaixonado por futebol. Às vésperas da Copa do México, seus pais avisam que sairão de férias e o deixarão com o avô em São Paulo. Seu pai, no entanto, garante, volta para assistirem os jogos do Brasil juntos. Acontece que, no mesmo dia que Mauro chega no Bom Retiro, seu avô, membro da comunidade judaica do bairro, morre e o menino acaba ficando sob os cuidados, p

Vi: Antes que o mundo acabe

Tem gente que costuma ter preconceito com filmes nacionais, dando desculpas que não têm mais razão para existir. Tem um monte de filme legal nacional que normalmente nem chega em todos os cinemas do país mas que, graças à internet, conseguimos ver. Recentemente pude ver dois filmes muito bonitos produzidos no Brasil, com atores brasileiros, com histórias brasileiras. O primeiro deles foi Antes que o dia acabe (2009), filme gaúcho, com um elenco pouco conhecido, pelo menos por mim, que tem como protagonista Daniel, de 15 anos - interpretado por Pedro Tergolina, que agora está em Saramandaia, como o filho mais novo da Lilia Cabral - que, a mesmo tempo que leva um fora da namorada, que começa a se envolver com o seu melhor amigo, recebe notícias do pai biológico, com quem nunca teve contato. A história se passa em uma cidadezinha do Rio Grande do Sul toda característica, bonitinha, organizada, simplesinha e tranquila que só ela. Os diálogos são muito bons, coerentes com

Goodbye Finn

Assisto Glee desde o comecinho mas ultimamente minha relação com a série tem sido de amor e ódio. No entanto, um dos personagens que, em momento algum, me fez perder a paciência ou querer parar de vez a série de vez - porque sempre estou atrasada com os episódios - foi o doce Finn, que começou tão ingênuo e que agora, já em sua quarta temporada, mostrou-se tão maduro e diferente do rapaz de anos atrás. Senti muito pela notícia da morte do seu intérprete, Cory Monteith. Pelo possível motivo, pela sua juventude, por tanto que perde partindo tão cedo! Que Deus o guarde e console os que o amam e que agora sofrem.

Enquanto isso, no PIT... (2)

Turista londrino, com um sotaque todo particular e muito simpático, chega aqui e diz que precisa pegar um vôo na Argentina pra Buenos Aires. - Você tem que pegar um ônibus na próxima rua pra Puerto Iguazú... - Puerto "Igazú"?!?!? (primeira vez que parece ouvir aquele nome) - Sim. É a cidade na Argentina onde fica o aeroporto. - Ah, sim. - Você primeiro vai descer na rodoviária por lá - e blá, blá, blá... - Certo. Como é o nome da cidade mesmo? - Puerto Iguazú. - "Puerta Igazú"?! - O aeroporto é na Argentina, certo? - porque aí, vendo que ele parece nunca ter ouvido o nome da cidade, eu começo a achar que entendi tudo errado! - Sim, na Argentina. - Então é em Puerto Iguazú mesmo. - Certo, certo. Eu não tinha certeza do nome. Na verdade, eu não lembrava mesmo. É que eu sou péssimo com nomes - Percebi - comentei rindo.  Felizmente ele riu mais ainda!

Enquanto isso, no PIT... (1)

PIT é Posto de Informações Turísticas, meu local de trabalho.  Na verdade são quatro PIT's atualmente na cidade e trabalhamos por escala mensal, então cada mês estou em um lugar. Atendendo turistas do mundo inteiro, pessoalmente ou por telefone, o que não faltam são histórias tragicômicas pra contar. Como eu sempre conto no Facebook e o pessoal gosta, resolvi contar aqui no blog também, as atuais e, ao lembrar, outras antigas. Vou contar sempre de forma curtinha, como faço no Facebook, reproduzindo os diálogos, com poucos comentários. Começo por um que aconteceu ontem: - Informações turísticas, boa tarde. - Oi, eu tô indo pr'aí em julho. É muito frio? - Faz frio, mas depende de quando a senhora vem. O melhor é dar uma olhada na previsão do tempo pouco antes de vir. - Mas é muito frio? - Depende. Em alguns dias, sim. - Mas com frio dá pra visitar as Cataratas? - ??? Sim, dá. - Mas tem água lá, né? - ???????????? (Sério, eu não entendo

Séries: Castle

Terminando a temporada da maioria das séries que assisto e percebi que algumas das mais queridas não ganharam post meu comentando-as. Decidi então tentar, esta semana, reverter esta falta e vou começar por Castle , uma das minhas séries preferidas. Já comentei que algumas das séries que se tornaram mais queridas pra mim eu hesitei um pouco pra começar a ver? Então, pois é. E Castle é uma delas.  Eu via toda semana postagem dos episódios nos sites, via que Nathan Fillion, o protagonista, ganhava prêmios e prêmios escolhido como melhor ator pela audiência, mas achava que a série era boba, bestinha demais. "E outra policial?!" Um dia, sem nada pra ver, baixei um episódio e gostei. Aí baixei outro... e outro... e outro... Me apaixonei! Richard Castle é um escritor de romances policiais que se vê envolvido com a polícia quando um assassino mata suas vítimas como personagens dos livros dele. Procurado pela detetive Cate Beckett, de cara ele - mulherengo! - s

11 fatos sobre mim - que talvez você não saiba

A queridíssima Patrícia, do Ah, Coimbra!  me passou este meme e eu adorei!  (Dêem uma olhada no blog da Paty! Vale muito a pena! Ela tá fazendo mestrado em Coimbra, Portugal e conta por lá suas experiências e impressões pela primeira vez fora de casa, em um país distante, além de passar dicas valiosíssimas para quem quer estudar na terrinha! Bom, vamos aos fatos! 1- Tenho medo de morrer sozinha e demorarem pra encontrar meu corpo. De verdade. Quando leio sobre aquelas pessoas que morreram e dias depois o corpo foi encontrado, tenho este medo. Acho que, na verdade, o medo é de morrer sem ninguém por perto, sofrendo. Meio irracional, pouco provável, talvez, mas tenho! 2- Sou mais debochada do que gostaria. Algumas pessoas se ofendem com isso mas é algo que tento controlar :$ 3- Já chorei assistindo Jim Carrey. Foi aí que confirmei que, sim, eu choro com muita facilidade. 4- Sofri o que hoje chamam de bullying na infância e carrego trocentos traumas por conta dis

Agora sou English teacher

Se 10 anos atrás alguém me falasse que eu seria professora, eu riria. E, para não parecer sem educação, explicaria que não tinha didática pra isso, nem paciência nem a mínima vontade. Mas o mundo dá voltas. Em 2006 voltei pra faculdade pra estudar Português e Espanhol e, depois de poucos meses de ceticismo, dar aulas já não me parecia algo tão absurdo, pelo contrário, via como algo que podia ser apaixonante, enriquecedor e interessante. Agora, em 2013, enquanto esperava ser chamada para dar aulas de Espanhol pelo estado, acabei virando professora de Inglês!  Já tinha dado aulas particulares de inglês e nem cheguei a pensar nisso como algo profissional, mas, pintando a oportunidade - em um momento em que eu buscava um segundo emprego pra melhorar a renda -, resolvi aceitar. Fui contratada pelo Senac de Foz, primeiramente, para dar aulas para duas turmas, uma da Polícia Militar e uma da Guarda Municipal. Como os alunos se candidataram às vagas, ou seja,estão fazendo o curs

Quatro - Cuatro - Quatre - Four...

Por um vago acaso eu preciso confessar que pesco memes pela net pra responder? Não, né? :$ Quatro empregos que já tive: - Recepcionista de hotel (em três hotéis aqui em Foz); - Cleaner em um albergue da juventude na Bélgica; - Professora particular de português (!); - Secretária em uma escola e informática. Quatro filmes que eu assisto sempre que passam: Putz, têm trocentos que eu revejo sempre que possível! Mas, bora lá: - Sociedade dos poetas mortos - perdi a conta de quantas vezes já vi, sério! - Três mulheres, três amores - amo, amo, amo!! - As patricinhas de Beverly Hills - acho muito fofinho! - Dirty dancing - sem comentários; nem precisa de explicação! Quatro lugares que eu já morei: - São Paulo - SP; - Itaparica - PE; - Araçuaí - MG; - Bruxelas - Bélgica. Quatro programas de TV que eu gosto: - Modern family; - Encontro com Fátima Bernardes; - The Big Bang theory; - Globo Repórter. Quatro pessoas que me mandam e

Medindo sentimentos

A idéia pra este post veio ao ouvir, pela milionésima vez, minha mãe dizer que não tem filho preferido. "Não é mentira quando alguém diz isso", repetiu ela ela enésima vez, emendando que ela ama diferente os filhos, mas não em intensidades diferentes. E, mesmo que a provoque com isso de vez em quando, eu acredito. Porque na vida, com tudo, é mais ou menos assim. Tem como a gente mensurar nossos sentimentos em maiores ou menores, por fulano ou beltrano? Uma vez li uma matéria em uma revista feminina falando dos diferentes tipos de amiga; dizia ali que temos a amiga pra nos ouvir, a amiga pra ir festar, a amiga pra dar conselhos, a amiga pro abraço... Fui comparando os exemplos da revista com minhas amigas:a festeira, ótima companhia pra tudo, mas que, mesmo me ouvindo sempre que eu quisesse, era incapaz de me dar um conselho. A distante fisicamente mas com quem eu podia contar sempre. A próxima que me dava broncas mas era direta e excelente em me entender...  Perc

Séries: Reunion

Você se sentiria empolgado pra ver uma série previamente sabendo que ela foi cancelada e não teve um final? Então, eu faço dessas. Ou melhor, fiz pela primeira vez, e com Reunion. E, no geral, valeu a pena. A série foi transmitida originalmente nos EUA entre 2005 e 2006. Foram filmados 13 episódios mas só 9 passaram por lá, sendo que os outros 4 foram transmitidos nos países que, posteriormente, compraram a série. A história começa em 1986, com a formatura do ensino médio de seis amigos inseparáveis. Ao mesmo tempo, é mostrado que, em 2005, um dos amigos foi assassinado - quem? Só saberemos no capítulo 5, de forma surpreendente - e os outros cinco amigos são suspeitos. Cada episódio tem como título um ano - foram de 1986 a 1998 - e vamos vendo como anda a amizade dos seis, algumas vezes se tornando mais forte, em outras parecendo regredir. Eu achei muito bacana não ser revelado de cara quem morreu. Vamos vendo, em cada episódio, um dos amigos vivos aparecer nos temp

Relicário - para o Taciano

Sexta-feira passada foi aniversário de 34 anos do Taciano, meu primeiro irmão menino, o primeiro irmão que eu lembro de ver chegando em casa - lembro até dos chinelinhos que minha mãe comprou pra ir pra maternidade! Há anos ele mora fora de Foz mas nossa relação sempre foi próxima, mesmo que fisicamente distante. Admiro um monte de coisas nele e até hoje ele me ensina muito. Além disso, adoro os momentos de cantoria quando estamos juntos, aqui ou na casa dele, já que ele e a esposa são músicos talentosos - e se não forem de verdade, pra mim, que não toco nem tambor, são, ok? Segue em comemoração atrasada do aniversário dele, uma das minhas músicas preferidas de cantar com eles. Uma das minhas músicas preferidas de tudo - e que, até acho, andou em outros momentos por aqui antes... "Por que está amanhecendo? Peço o contrario, ver o sol se por Por que está amanhecendo? Se não vou beijar seus lábios quando você se for."

25 em 2013 - Livro 3: Cartas portuguesas

E, seguindo com o auto-desafio de leitura, vou falar hoje do terceiro livro lido - na verdade, relido! Em meados do século XVII, uma freira portuguesa se apaixonou por um oficial francês de passagem por sua cidade - Beja - e tiveram um romance.  Anos mais tarde, as supostas cartas de Mariana Alcoforado, a freira, endereçadas a  Noël de Chamill y, o oficial, foram publicadas por um editor francês e, desde então, não faltam especulações sobre a veracidade da origem das cartas e de quem realmente as escreveu. Romântica que sou, fico com a versão de que são reais! Ridiculamente reais, como  Fernando Pessoa, através do seu heterônimo Álvaro de Campos, dizia que  todas as cartas de amor, quando há amor, são. Da mesma forma posta pelo poeta português, não falo aqui, desta forma, como uma crítica à freira sua conterrânea, mas como constatação pelo amor quase irracional posto nas ridículas cartas de Alcoforado. Esta foi a terceira vez que li o livro, esta, uma edição bilín

A arrogância segundo os medíocres

Minha irmã me mandou este texto maravilhoso via Facebook - originalmente está aqui  e foi escrito por Carmen Guerreiro  - e eu gostei tanto que quis dividir aqui. Acho que não sou a única que vai se identificar com ele: “Adorei o seu sapato”, disse uma amiga para mim certa vez. “Legal, né? Eu comprei em uma feira de artesanato na Colômbia, achei super legal também”, eu respondi, de fato empolgada porque eu também adorava o sapato. Foi o suficiente para causar reticências  quase visíveis nela e no namorado e, se não fosse chato demais, eles teriam dado uma risadinha e rolariam os olhos um para o outro, como quem diz “que metida”. Mas para meia-entendedora que sou, o “ah…” que ela respondeu bastou. Incrível é que posso afirmar com toda convicção que, se tivesse comprado aquele sapato em um camelô da 25 de março, eu responderia com a mesma empolgação “Legal, né? Achei lá na 25!”. Só que aí sim eu teria uma reação positiva, porque comprar na 25 “pode”. Ex

Burlesque

Em tempos de Carnaval... Um blog que sigo, o Weesha's World , publicou estas ilustrações de Steffi Schuetze e eu me apaixonei por elas! Não são lindas??

Vi: As vantagens de ser invisível

Aos 14 anos, em 1990, eu entrei no 1º ano do Científico - atual Ensino Médio - em uma escola no interior da Bahia. Aos 17, terminava o 3º ano aqui em Foz, tendo passado, nestes período, por 3 Estados e 5 escolas. Ou seja, eu passei o Científico sendo, em boa parte destes três anos, a aluna recém chegada, que não conhecia ninguém além da minha irmã. Isso posto eu quero dizer que  As  vantagens  de ser invisível -  The perks of being a wallflower, EUA, 2012  - me emocionou de diversas maneiras, inclusive por me identificar, neste ponto, com Charlie, o protagonista do filme. Felizmente no Brasil, pelo menos nas escolas que estudei, ser calouro "só" te faz ser olhado com curiosidade ou ser ignorado; o que é fichinha perto de ser atormentado por veteranos, como sempre mostram os filmes estadunidenses. E Charlie - Logan Lerman - vivencia isso. A história se passa entre 1991 e 1992, Charlie está começando o Ensino Médio depois de passar, no ano anterior,  pelo suic

25 em 2013 - Livro 2: As aventuras de Pi

Pra começar, como já disse quando comentei o filme baseado no livro  aqui , não gosto deste título A s aventuras de Pi . Na verdade, quando lançado em  2001, o livro no Brasil tinha recebido o mesmo título do original: A vida de Pi , que eu acho muito melhor do que esse título com cara de aventura infantil. De qualquer forma, nem isso conseguiu tirar o meu encantamento com o livro de Yann Martel - mesmo que eu tenha riscado todos os As aventuras de Pi do livro e substituído por A vida de Pi . A primeira vez que ouvi falar dele, foi quando começou a discussão sobre o livro de Yann Martel ser ou não um plágio do livro Max e os felinos, de Moacyr Scliar. Sobre o assunto, o próprio escritor gaúcho falou de forma muito elegante - veja aqui . Essa história toda me criou certa resistência inicial diante do livro mas, depois do filme, quis muito ver como era  história de Pi no papel. E me apaixonei pelo livro tão intensamente como me apaixonei pelo filme! Bom, Pi - Piscine Molit